Passaram-se exatos duzentos anos e a expressão do francês permanece atemporal por estas bandas. No Brasil de democracia imatura e educação capenga, o voto ainda é definido pelo PODER ECONÔMICO e PROMESSAS BAJULADORAS totalmente descabidas feitas por candidatos visivelmente desinformados nas questões econômicas e sociais dos locais que pretendem governar. Por aqui se define voto também pela SIMPATIA, CRENÇA, a BOA ORATÓRIA e o ASSISTENCIALISMO. Raros os que votam pela análise do passado, das relações interpessoais e do plano de governo fundamentado.
Ouço muito a frase citada acima, não com o sentido original de que o filósofo disse, mas como: “Você escolheu este candidato, agora aguenta. Eu disse, o meu candidato era o melhor. Você votou na pessoa errada.” É assim que eu interpreto quando ouço a frase em questão. E o som é como: “eu avisei você...” Enquanto ficar nisso, estaremos fadados a permanecer num estado inerte, ou pior, de regressão. E tomar para si a sensação de perda e ganho, esperando uma próxima vez para tentar de novo, como se fosse um jogo, é imaturo. Então, em outra oportunidade, não tome para si as dores como um jogo, mas com a consciência tranquila e a distinção clara de quem sabe o que faz. Podemos mudar. Podemos melhorar. Podemos construir.
Fonte: http://www.rondoniagora.com/noticias/cada-povo-tem-o-governo-que-merece-disse-um-frances-no-seculo-xix-2011-04-12.htm
joão batista sousa do nascimento, Nova Olinda do Maranhão, 1/12/2012